O CEO da Enauta, Décio Oddone, não esconde que há grandes planos para a petroleira este ano. “2024 é o ano da transformação da Enauta”, disse ele, sem pestanejar. A empresa passou por mudanças significativas em sua composição acionaria após a diluição das ações de sua antiga controladora, o grupo Queiroz Galvão, que perdeu espaço com a conversão de sua dívida para bancos em ações da petroleira. Mais próxima de ser uma corporation hoje, a empresa foi às compras no fim de 2023 e promete manter acesa a chama por novas oportunidades de consolidação de ativos este ano.
“A Enauta está posicionada para ser uma consolidadora de mercado. A gente está buscando adquirir outras companhias, outros ativos e crescer o nosso portfólio. Esse é o nosso objetivo e a gente está muito bem posicionado para isso”, afirma Oddone.
Em dezembro, a Enauta comprou a totalidade da participação da Qatar Energy nos campos de petróleo de Ostra, Abalone e Argonauta. A parcela, equivalente a 23% da operação, demandará um desembolso de US$ 150 milhões com data efetiva de 1° de julho. Os campos formam o Parque das Conchas, na Bacia de Campos, e têm a Shell como operadora. Alguns dias antes de anunciar o acordo, a companhia firmou a aquisição de 100% das concessões da Petrobras nos campos de Uruguá e Tambaú, localizados na Bacia de Santos. Os investimentos em campos maduros sinalizam uma fase mais agressiva da companhia no mercado.
“O que a gente vai fazer pela primeira vez é operar um campo que já está maduro e já foi operado por outra companhia que é Uruguá e Tambaú. Estamos estudando fazer investimentos no local. Temos a previsão de perfurar ao menos um poço para aumentar a produção”, aponta Oddone. “A gente precisa encontrar as oportunidades nas quais a companhia tem a capacidade de agregar valor e trazer resultado para o acionista. Então, com cautela e com a tomada de risco adequada, a gente continua procurando oportunidades para seguir crescendo e diversificando a geração de caixa da Enauta”, complementa.
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